Carlos Carvalhas, Jerónimo de Sousa e Paulo Raimundo. Todo o estado maior comunista, de forma mais ou menos discreta, fez questão de estar presente nas últimas horas de velório e depois no funeral de Odete Santos, a ex-deputada e militante de décadas do PCP falecida na quarta-feira.
Durante boa parte da tarde desta quinta-feira, algumas dezenas e depois centenas de pessoas, umas mais anónimas do que outras, juntaram-se à porta da igreja do Convento de Jesus, em Setúbal, para uma última homenagem à antiga parlamentar comunista.
Não passou despercebida a presença no velório da ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, dirigente socialista e antiga líder do PS de Setúbal, numa rápida passagem pelo Convento de Jesus.
Questionado pelos jornalistas pela ausência de outras personalidades públicas fora do mundo comunista no funeral, Bernardino Soares, antigo líder parlamentar do PCP, respondeu seco: “Não vejo que tenha havido poucas homenagens”.
De resto, o entendimento do dirigente comunista é o de que Odete Santos é uma personalidade consensual fora do universo comunista. “Todas as reações de vários quadrantes foram elogiosas, merece esses elogios”, responde Bernardino.
Odete Santos batalhou pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez com deputada e defendeu, em 2005, enquanto advogada, duas mulheres acusadas por esta prática quando ainda não estava regularizada, conseguindo a sua absolvição pelo Tribunal de Setúbal.
Morreu Odete Santos, antiga deputada do PCP, advogada e mulher da cultura
Foi deputada durante 27 anos e antigo membro do Co(…)
.cls-1{fill:#1163D9;}.cls-2{fill:none;stroke:#fff;stroke-linecap:round;stroke-linejoin:round;stroke-width:6px;}
Ver mais