A dias da viragem do ano, o líder comunista reconhece que “há muita gente justamente desiludida, indignada, descrente”, mas acredita que “o país tem futuro”, apelando a que nas eleições de março se dê “mais força ao PCP”.
Na mensagem de Ano Novo divulgada esta sexta-feira pelo partido, Paulo Raimundo diz que “há gente séria e honesta” no país e que “é possível, necessário e urgente” um outro caminho para o país.
Esse caminho está é “nas mãos” dos eleitores “todos e de cada um”, avisa o secretário-geral, numa “opção de todos os dias e também nas eleições que aí estão”.
Daqui ao apelo ao voto no PCP é um passo. Raimundo diz que “mais força ao PCP e à CDU é força para combater retrocessos, defender direitos e avançar nas condições de vida”.
Com perdas eleitorais sucessivas, após a Geringonça, Raimundo diz que “cada vez que o PCP e a CDU avançam, reforçam-se as possibilidades de uma vida melhor para cada um e para todos”.
O líder comunista puxa dos galões e diz que sabe “por experiência própria, as dificuldades que enfrenta a grande maioria” dos portugueses “em contraste com os grupos económicos que acumulam 25 milhões de euros de lucros por dia”.
A “injustiça e a desigualdade são uma dura realidade”, conclui Raimundo, “mas não tem, nem pode ser assim”, acrescenta. Falando para os portugueses a viver no país e aos da disáspora, o líder comunista, diz que todos “têm direito a uma vida melhor”, liberta “da submissão aos grupos económicos”.
É omitida qualquer referência à estratégia do PCP no pós-eleições de março e o que fará o partido para que um eventual governo de esquerda tome posse, mas Raimundo desfia o caderno de encargos.
Para o líder comunista é essencial o aumento de salários e pensões, que se “salve o Serviço Nacional de Saúde”, que se “assegure a Escola Pública e o acesso à habitação” ou ainda que se “garanta direitos aos pais e às crianças”.