O líder do PSD deu uma entrevista à SIC, onde admitiu que “eu próprio tenho de fazer ainda mais do que fui capaz de fazer até agora, nomeadamente dar aos eleitores para ganhar a sua confiança”.
“Caso ganhemos as eleições vamos fazer um orçamento retificativo”, afirmou Luís Montenegro que se vai apresentar como candidato às eleições legislativas de 10 de março, tendo-se mostrado confiante quanto a estas, “estou convencido de que vou ganhar”.
Montenegro voltou a deixar claro que só será “primeiro-ministro se ganhar as eleições”, “eu venho governar o país com a legitimação da vontade popular, sou convictamente favorável a que a opinião política que os eleitores “.
No entanto, antes de chegarem as eleições legislativas Luís Montenegro ainda tem de conhecer o seu adversário do PS, sendo que as sondagens entregam a pasta do partido socialista a Pedro Nuno dos Santos. “Pedro Nuno dos Santos é um candidato que está associado às três das maiores trapalhadas que este Governo trouxe a público”, relembrou o líder do PSD.
Luís Montenegro revelou que o partido ainda não tomou uma decisão quanto a uma candidatura conjunta com o CDS e o PPM, no entanto deixa a porta aberta, “estamos abertos a discutir com esses partidos”. Apesar de ainda não se ter decidido quanto a este tema o líder do partido anuncia que as “listas do PSD vão integrar vários cidadãos independentes”.
As sondagens não têm sido simpáticas para este partido, no entanto Luís Montenegro não desanima, “tem havido várias tendencias nas sondagens, a história mostra que muitas vezes estes estudos de opinião falham, e falham gravemente”.
Quanto aos partidos Chega e Iniciativa Liberal, o líder do PSD afirma que são partidos diferentes, mas que no entanto “voto que muda de governo é o no PSD, temos de pensar se queremos mudar de governo ou não”.
Questionado sobre a era de Passos Coelho, Montenegro sublinha que “tenho grande orgulho de ter acompanhado Passos Coelho”, mas que no entanto “há um certo estigma da sociedade portuguesa sobre algumas das medidas que foram tomadas nesse tempo, no entanto eu já não estou a olhar para trás”.
O líder do PSD salientou que “temos de fazer boa gestão, alocar os recursos que temos e fazer escolhas. É preciso ter um país mais robusto”.
Sobre o SNS, Montenegro relembrou a proposta do partido de “acabar com a teimosia eleitoral e ter um programa de emergência que dê às pessoas uma resposta para terem consultas que não tiveram, médicos de família e cirurgias. Como é que isso se faz, contratualizar com os privados. O nosso centro é o cidadão”.
Quanto à educação o líder do PSD sublinha que “há um problema gravíssimo na escola pública, precisamos de 35 mil docentes até 2030”, no entanto a proposta que o partido apresentou, para repor o tempo de serviços dos docentes foi chumbada pelos socialistas.