As recentes críticas públicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, têm elevado a tensão institucional no país. Com a economia americana em constante crescimento, a disputa entre Trump e Powell pode trazer consequências graves para o mercado financeiro e para a economia mundial.
Desde que assumiu o cargo, em fevereiro deste ano, Powell tem sido alvo de críticas constantes por parte de Trump, que o acusa de estar aumentando os juros de forma excessiva, o que poderia prejudicar o crescimento econômico do país. O presidente do Fed, por sua vez, tem se mantido firme em sua política monetária, com o objetivo de controlar a inflação e manter a estabilidade econômica.
No entanto, as tensões entre Trump e Powell não são novidade. Durante a campanha presidencial, o então candidato já havia expressado sua insatisfação com as políticas do Fed e, desde então, vem tentando influenciar a atuação do banco central. No entanto, o presidente do Fed é independente e tem mandato fixo, o que significa que não pode ser demitido pelo presidente dos Estados Unidos.
No início de dezembro, em uma entrevista à rede de televisão Fox Business, Trump afirmou que estava “insatisfeito” com a atuação de Powell e chegou a dizer que o presidente do Fed “talvez não soubesse o que estava fazendo”. Essa declaração causou uma forte queda no mercado financeiro e gerou preocupações sobre a independência do Fed.
Mas, afinal, Trump tem poder para demitir Powell? De acordo com a lei americana, o presidente dos Estados Unidos pode demitir o presidente do Fed, mas somente por “causa justa”. Isso significa que Trump teria que apresentar uma justificativa plausível para a demissão, o que pode ser um desafio considerando que os indicadores econômicos do país estão favoráveis.
Além disso, a demissão de Powell poderia gerar uma crise institucional sem precedentes, com impactos significativos para a economia americana e mundial. A independência do Fed é vista como um pilar fundamental para a estabilidade econômica do país, e qualquer interferência do governo pode afetar a credibilidade do banco central e gerar incertezas nos mercados.
Nos bastidores da Casa Branca, a situação é vista com cautela. De acordo com fontes próximas ao presidente, Trump tem considerado a possibilidade de demitir Powell, mas tem sido aconselhado por seus assessores a não tomar medidas drásticas, que poderiam trazer consequências negativas para a economia e para sua própria imagem.
No entanto, as tensões entre Trump e Powell não se restringem apenas às críticas públicas. Segundo informações da imprensa americana, o presidente tem cogitado a possibilidade de reduzir o tamanho do Conselho de Governadores do Fed, de sete para cinco membros, o que poderia enfraquecer a influência de Powell.
Outra medida cogitada por Trump seria a nomeação de membros mais alinhados com suas políticas econômicas para o Conselho de Governadores. Isso poderia alterar a dinâmica de decisões do banco central e gerar uma maior interferência do governo na política monetária.
Diante desse cenário, o mercado financeiro se mantém atento às movimentações do presidente e do Fed. Qualquer sinal de ingerência política no banco central pode trazer consequências negativas para a economia e gerar instabilidade nos mercados.
Porém, é importante ressaltar que o Fed tem se mantido firme em sua política monetária, com o objetivo de garantir a estabilidade econômica do país. E, apesar das críticas de Trump, os indicadores econômicos continuam positivos, com uma taxa de desemprego baixa e um crescimento econ