A economia brasileira tem passado por um momento de incertezas e volatilidade nos últimos anos, com a pandemia do COVID-19 agravando ainda mais a situação. No entanto, recentemente, temos visto um cenário mais otimista em relação ao dólar e à taxa básica de juros, a Selic. Diversas casas mostram consenso por um real valorizado e uma chance maior de o Banco Central (BC) subir a Selic em menor grau do que é precificado atualmente pelo mercado. Essa perspectiva tem gerado expectativas positivas entre os gestores, que acreditam em um possível ajuste a um “tarifaço”.
O dólar é uma moeda que sempre gera grande impacto na economia brasileira, principalmente por ser a moeda utilizada nas transações internacionais e na cotação de commodities, como o petróleo e o minério de ferro. Com a pandemia, a moeda americana atingiu patamares históricos em relação ao real, chegando a ultrapassar a marca de R$5,80. No entanto, nos últimos meses, temos visto uma queda significativa no valor do dólar, chegando a ser cotado abaixo de R$5,00.
Esse movimento de queda do dólar é reflexo de diversos fatores, como a melhora do cenário externo, com a retomada da economia global e a expectativa de uma vacina contra o COVID-19, e também por questões internas, como a melhora da situação fiscal do país e a entrada de investimentos estrangeiros. Além disso, a perspectiva de um real mais valorizado também tem sido impulsionada pela expectativa de aumento da taxa básica de juros.
A Selic é a taxa de juros definida pelo BC e serve como referência para as demais taxas de juros do mercado. Nos últimos anos, a Selic tem se mantido em patamares historicamente baixos, chegando a 2% ao ano em 2020. No entanto, com a retomada da economia e a preocupação com a inflação, o mercado tem precificado um aumento da Selic, chegando a apostar em uma taxa de 15% ao ano até o final de 2022.
No entanto, os gestores têm uma visão diferente. Segundo eles, o BC não deve subir a Selic para patamares tão elevados, mas sim realizar um ajuste gradual e moderado, em torno de 8% a 10% ao ano. Essa visão é baseada em diversos fatores, como a melhora da situação fiscal do país, com a aprovação de reformas estruturais e o controle dos gastos públicos, e também pela expectativa de uma recuperação econômica mais lenta, o que não demandaria um aumento tão expressivo da taxa de juros.
Essa perspectiva mais otimista em relação à Selic tem gerado expectativas positivas entre os gestores, que acreditam em um possível ajuste a um “tarifaço”. Esse termo é utilizado para se referir a um aumento expressivo da taxa de juros, que poderia gerar impactos negativos na economia, como o aumento do custo do crédito e a desaceleração do consumo e dos investimentos.
No entanto, os gestores acreditam que um ajuste moderado da Selic seria benéfico para a economia, pois ajudaria a controlar a inflação sem prejudicar a recuperação econômica. Além disso, um real mais valorizado também traria benefícios para o país, como a redução do custo de importação e a atração de investimentos estrangeiros.
É importante ressaltar que, apesar das expectativas positivas, ainda há incertezas em relação ao cenário econômico e à evolução da pandemia. Por isso, é fundamental que o governo continue adotando medidas para garantir a est