A Rússia já é o maior fornecedor de crude da China, depois de ter exportado para aquele país um total de 107,02 milhões de toneladas métricas em 2023, o que corresponde a uma média diária de 2,14 milhões de barris.
Os dados das importações chinesas foram divulgados no sábado e mostram não apenas que aquele país recebeu mito mais crude em 2023 do que no ano precedente, como também que outro grande mercado fraquejou. É o caso das importações que chegam da Arábia Saudita, que caíram 1,8% no último ano, até aos 85,96 milhões de toneladas.
Para possibilitar um crescimento tão notório deste mercado, foram fundamentais duas vertentes. Por um lado, o desconto aplicado pelos russos no petróleo que exportam, em face das sanções aplicadas pelo Ocidente (correspondentes à guerra com a Ucrânia) que fizeram cair de forma acentuada a exportação para países europeus. Esta é, de resto, uma situação aproveitada por empresas como a Sinopec e a Zhenhua Oil, ambas detidas pelo Estado chinês.
Por outro, revelam-se como fulcrais as intermediárias que efetuam o transporte entre os dois países e que possibilitam que sejam contornadas as sanções aplicadas à Rússia. De resto, a própria China já se mostrou “firmemente” contra aquelas sanções.
“Não ajudam a resolver os problemas e ainda criam novos”, reiterou o governo chinês em março do ano passado.