O líder liberal defendeu esta quinta-feira que o partido vai sozinho a eleições e não coligado porque tem confiança nas ideias que apresenta e por “uma questão de responsabilidade”, já que “há um país que está à espera” da IL.
Num discurso durante um jantar comício em Lisboa, Rui Rocha não falou diretamente da coligação pré-eleitoral hoje anunciada por PSD e CDS-PP para as próximas eleições legislativas e europeias, mas voltou a explicar os motivos pelos quais a IL decidiu que se vai apresentar sozinha na corrida eleitoral de março.
“Apresentaremos as nossas ideias, os nossos candidatos, as nossas listas porque há um país que está à espera da Iniciativa Liberal”, enfatizou.
Segundo o presidente liberal, “a IL tem uma enorme responsabilidade” e vai dizer “presente a este país que espera por soluções liberais”.
Os liberais vão apresentar-se sozinhos a eleições “com a confiança” que têm nas suas ideias.
“Mas é antes de mais uma questão de responsabilidade porque não só sou, não somos nós as centenas que aqui estamos hoje, há muitas dezenas, muitas centenas de milhares de portugueses, eu acredito mesmo que há milhões de portugueses que querem esse país liberal em que nós podemos crescer pelo nosso trabalho, em que podemos confiar nas instituições, em que podemos acreditar que há um futuro melhor para os nossos filhos”, defendeu.
Rui Rocha rejeitou desde o início qualquer coligação também porque “o país já não vai lá com remendos” nem “com pequenas mudanças”.
“Não basta mudar o Governo, é preciso mudar as políticas, é preciso mudar o país. A IL é o único partido que tem essa coragem, que tem essa ambição”, garantiu.
Os presidentes do PSD e do CDS-PP, Luís Montenegro e Nuno Melo, vão propor aos órgãos nacionais dos seus partidos uma coligação pré-eleitoral, a Aliança Democrática, para as legislativas de março e as europeias de junho, que incluirá também “personalidades independentes”, foi hoje anunciado em comunicado conjunto.